O presidente da China, Xi Jinping, encorajou seus parceiros da região Ásia-Pacífico, reunidos neste sábado (16) em Lima, a enfrentarem o crescente "protecionismo" com "união e cooperação".

Durante sua intervenção na cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), Xi chamou a atenção para os "desafios da geopolítica, do unilateralismo e do crescente protecionismo".

O presidente chinês falou diante dos líderes das 21 economias que compõem a Apec antes de ter, neste mesmo sábado, seu último encontro cara a cara com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que devolverá as chaves da Casa Branca a Donald Trump em janeiro.

O retorno do republicano gera nervosismo devido ao risco de que ele intensifique as guerras comerciais com seus planos protecionistas, direcionados principalmente ao México e à China, os principais parceiros comerciais dos Estados Unidos.

"Devemos nos unir e cooperar", destacou Xi em declarações transmitidas pela rede estatal chinesa CCTV.

Nesse sentido, insistiu em seu apelo para que os membros da Apec se mantenham firmes no multilateralismo, na abertura econômica e na busca pela integração regional.

Em seu discurso, Xi também incentivou seus parceiros a fortalecerem a cooperação em áreas de vanguarda, como inteligência artificial e computação quântica.

O presidente chinês havia declarado na sexta-feira que qualquer tentativa de reduzir a interdependência econômica global seria "nada mais que um retrocesso".

A China, a segunda maior economia do mundo, enfrenta diversos desafios para consolidar seu crescimento desde a pandemia de covid-19.

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