People run past burning vehicles of India's Bharatiya Janata Party (BJP) MLA during a protest to condemn the alleged killing of women and children in Imphal, capital of India's violence-hit northeastern state of Manipur on November 16, 2024. An Indian state riven by months of ethnic tensions imposed an internet shutdown and curfew November 16 after angry protests over the recovery of six bodies of people believed to have been kidnapped by insurgents. (Photo by AFP)
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A manifestação era contra mortes violentas e desafiava o toque de recolher local.

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A polícia da Índia prendeu 23 pessoas neste domingo (17) no estado de Manipur (no nordeste do país) sob suspeita de saquearem e colocarem fogo nas casas de legisladores e ministros, em meio a um protesto.

 

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A manifestação era contra mortes violentas e desafiava o toque de recolher local. Foi o segundo dia de agitação na região de Imphal, a capital do estado.

 

 

Desde maio do ano passado, confrontos entre as comunidades Meitei e Kuki resultaram em pelo menos 250 mortes.

 

 

Atualmente, Manipur é dividida em dois enclaves étnicos: o vale controlado pelos Meitei e as colinas dominadas pelos Kuki, separadas por uma extensão de terra monitorada pelas forças federais.

 

As tensões aumentaram na semana passada, quando uma mulher de 31 anos da comunidade Kuki foi queimada viva. Grupos Kuki culparam os Meitei pelo ato.

 

As 23 prisões seguiram-se à violência deste sábado (16), que envolveu o que um comunicado da polícia disse ser o "saque e incêndio criminoso" das casas de vários legisladores e ministros estaduais.

 

"A polícia recorreu a disparos de gás lacrimogêneo para dispersar a multidão. Oito pessoas ficaram feridas no processo", disse o comunicado, acrescentando que forças de segurança adicionais foram mobilizadas.

 

Um toque de recolher indefinido foi imposto no sábado e os serviços de internet e telefonia móvel foram suspensos depois que os manifestantes tentaram invadir as residências de vários legisladores.

 

Os manifestantes exigem responsabilização pela violência mortal que, no último incidente, deixou ao menos duas mulheres e duas crianças mortas.