Joe Biden autorizou que mísseis de longo alcance fornecidos para a Ucrânia sejam usados para ataques dentro da Rússia -  (crédito: Official White/Erin Scott)

Joe Biden autorizou que mísseis de longo alcance fornecidos para a Ucrânia sejam usados para ataques dentro da Rússia

crédito: Official White/Erin Scott

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, autorizou neste domingo (17/11) que mísseis de longo alcance fornecidos para a Ucrânia sejam usados para ataques dentro da Rússia, segundo agências internacionais de notícias.

 

 

A permissão, dada pela primeira vez desde o início do conflito, acontece horas depois de um ataque russo no noroeste da Ucrânia que matou ao menos sete pessoas e danificou severamente a rede elétrica.

 

O que aconteceu

 

A informação sobre a autorização foi repassada por fontes de dentro do governo norte-americano para agências de notícias, sob a condição de anonimato. Oficialmente, a Casa Branca não se pronunciou. A Ucrânia planeja realizar os primeiros ataques de longo alcance nos próximos dias, segundo as agências internacionais.

 

 

A flexibilização das restrições americanas permitem que Kiev use o Sistema de Mísseis Táticos do Exército, ou ATACMS na sigla em inglês. O míssil tem alcance de até 300 km, conforme informações disponibilizadas pela fabricante norte-americana Lockheed Martin.

 

 

A permissão foi dada após um ataque que deixou ao menos sete mortes na cidade de Lviv neste domingo. Com 120 mísseis e 90 drones, foi um dos maiores dos últimos três meses. Danos severos ao sistema de energia foram causados, segundo as autoridades ucranianas.

 

Há cortes de energia em regiões de Volyn, Rivne e Lviv, no noroeste, e Dnipropetrovsk e Zaporizhzhia, no sudeste ucraniano. O Ministério da Defesa da Rússia confirmou que lançou ataque contra instalações de energia que abastecem o complexo militar-industrial da Ucrânia.

 

 

Outro motivo para a autorização é a decisão da Coreia do Norte de enviar milhares de tropas à Rússia em apoio à invasão da Ucrânia pelo presidente russo Vladimir Putin. Ao menos 10 mil soldados foram encaminhados a Kursk, uma região da Rússia ao longo da fronteira norte da Ucrânia, para ajudar as forças de Moscou a retomar o território conquistado pela Ucrânia.

 

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Durante o encontro do G20, no Rio de Janeiro, a União Europeia também demonstrou apoio à Ucrânia, ainda que sem detalhar como. A chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a Ucrânia "pode contar" com o apoio do bloco após os "horríveis" ataques com mísseis da Rússia.