O Equador reconheceu, nesta quinta-feira (21), Edmundo González como presidente eleito da Venezuela, dias depois de os Estados Unidos e a Itália também terem o feito, informou a Chancelaria em um comunicado.
A autoridade eleitoral venezuelana proclamou vencedor o esquerdista Nicolás Maduro para um terceiro mandato de seis anos (2025-2031) após as eleições presidenciais de 28 de julho, sem apresentar detalhes da apuração, como prevê lei. González, no entanto, reivindica vitória.
O Equador "apoia o senhor Edmundo González como legítimo vencedor das eleições presidenciais na Venezuela", destacou a chancelaria equatoriana.
Quito lembrou ter solicitado uma verificação "imparcial e transparente dos resultados eleitorais", algo que "não aconteceu" até o momento.
"A atuação dos órgãos eleitorais da Venezuela enfraqueceu os princípios do Estado de Direito e agravou a perseguição e a situação dos direitos humanos no país", apontou o órgão.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, anunciou na terça-feira que o governo americano reconhecia González como presidente eleito da Venezuela. Um dia depois, a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, adotou o mesmo posicionamento.
A proclamação da vitória de Maduro para um novo mandato desencadeou protestos que deixaram 28 mortos, incluindo dois militares, cerca de 200 feridos e 2.400 detidos.
González agradeceu ao Equador. Em sua conta na rede social X, o opositor escreveu: "Os países democráticos sabem que a vontade soberana deve ser defendida além de suas próprias fronteiras. Obrigado, Equador!"
O presidente equatoriano, Daniel Noboa, já havia reconhecido González como vencedor das eleições em 2 de agosto.
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