Três jornalistas morreram no mês passado no Líbano em um bombardeio israelense, informou nesta segunda-feira (25) a ONG Human Rights Watch, qualificando o incidente como um "possível crime de guerra".
O bombardeio de 25 de outubro atingiu um complexo turístico na cidade predominantemente drusa de Hasbaya, no sul do Líbano, onde dormiam mais de uma dúzia de jornalistas que trabalhavam para veículos de comunicação libaneses e árabes.
Segundo a HRW, a bomba estava equipada com um sistema de orientação fabricado nos Estados Unidos.
O Exército israelense garantiu que o ataque foi dirigido a milicianos do grupo Hezbollah e que está sendo "revisado".
"Foi provavelmente um ataque deliberado contra civis e um possível crime de guerra", disse a HRW, que assegura que o Exército israelense "sabia ou deveria saber que os jornalistas estavam hospedados na área e no edifício atacado".
O bombardeio matou o cinegrafista Ghassan Najjar e o engenheiro de transmissão Mohammad Reda, ambos do canal pró-iraniano Al Mayadeen, com sede em Beirute, assim como o cinegrafista Wissam Qassem, da televisão Al Manar, do Hezbollah.
Em outubro do ano passado, um ataque israelense no sul do Líbano matou o jornalista da Reuters Issam Abdallah e feriu outras seis pessoas, incluindo Dylan Collins e Christina Assi, da AFP, que teve a perna amputada.
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