Os preços do petróleo caíram, nesta segunda-feira (25), com a expectativa dos operadores de um possível acordo de cessar-fogo no Líbano e temores de uma oferta excedente para o próximo ano, a poucos dias da reunião dos países exportadores de petróleo e seus aliados (Opep+).

O barril de Brent do Mar do Norte para entrega em janeiro recuou 2,87%, fechando em 73,01 dólares. Seu equivalente americano, o West Texas Intermediate (WTI), para o mesmo mês, caiu 3,23%, a 68,94 dólares.

Espera-se que, na terça-feira, o gabinete de segurança de Israel vote um acordo de cessar-fogo na guerra contra o Hezbollah libanês, indicou um funcionário israelense nesta segunda, enquanto os Estados Unidos afirmaram que o acordo estava "próximo".

"Todas as notícias sugerem que o acordo entre o Hezbollah e Israel será concluído nos próximos dias", disse Robert Yawger, da Mizuho USA, à AFP, acrescentando que essa possibilidade está pressionando os preços.

Nos últimos dias, os ataques letais de Israel contra redutos do movimento pró-iraniano no Líbano se intensificaram.

Paralelamente, os preços do petróleo estão sendo contidos pela possibilidade de um excesso de oferta em 2025.

O crescimento da oferta de petróleo fora da Opep+ deverá ser "superior ao crescimento da demanda, de cerca de 1,1 milhão de barris por dia", afirmou Kartik Selvaraju, analista da Rystad Energy.

O anúncio, na sexta-feira, da nomeação de Scott Bessent como secretário do Tesouro no novo governo de Donald Trump nos Estados Unidos também impactou os preços.

Bessent havia indicado ao Wall Street Journal seu desejo de aumentar a produção em 3 milhões de barris por dia.

"O fato de que ele é muito favorável ao petróleo hoje é um elemento que induz à baixa", destacou Yawger.

Ainda há incertezas sobre as próximas decisões de produção da Opep+, que serão divulgadas durante sua reunião semestral no domingo.

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