A redução das taxas de juros do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) deve ser realizada "gradualmente", estimaram os responsáveis pela instituição financeira, em um momento em que os riscos, segundo eles, estão cada vez mais equilibrados entre a inflação e o mercado de trabalho.
O Fed tem o objetivo duplo de garantir que a inflação se situe em torno de 2% e assegurar um mercado de trabalho o mais próximo possível do pleno emprego.
A inflação está se aproximando da meta, enquanto o mercado de trabalho permanece sólido - com uma taxa de desemprego em torno de 4%.
A economia como um todo continua apresentando uma tendência muito positiva, o que levou os responsáveis do Fed a considerarem "avançar gradualmente para um índice neutro", de acordo com as atas do Comitê de Política Monetária do Fed (FOMC), publicadas nesta terça-feira (26).
Segundo a teoria econômica, uma taxa de juros neutra, ou natural, é o nível em que a taxa de juros não tem efeito nem restritivo nem expansivo sobre a economia.
Ao término da última reunião, a instituição monetária reduziu suas taxas em 25 pontos base (pb), para uma faixa entre 4,50% e 4,25%, após um corte inicial de 50 pb em setembro.
As taxas do Fed haviam subido até se situarem entre 5,25% e 5,50%, e permaneceram nesse nível por mais de um ano, para combater a inflação persistente e um contexto de desemprego historicamente baixo.
Por enquanto, o pessoal da Reserva Federal apontou que o produto interno bruto "se expandiu de forma sólida até o momento" e que as condições econômicas devem continuar sólidas.
Embora ainda existam algumas fontes de inflação subjacente, os dados "em geral se mantiveram consistentes com um retorno sustentável da inflação para 2%", disseram as atas, embora esse processo possa levar mais tempo do que o previsto.
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