Os preços do petróleo caíram nesta terça-feira (26) após o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu anunciar um cessar-fogo na guerra com o Hezbollah no Líbano, mas permaneceram controlados devido à perspectiva de que a Opep+ mantenha suas cotas de produção.
O barril de tipo Brent negociado em Londres para entrega em janeiro caiu 0,27%, para 72,81 dólares. Seu equivalente no mercado americano, o West Texas Intermediate (WTI), com vencimento no mesmo mês, recuou 0,25%, a 68,77 dólares.
Os preços do petróleo "caíram após os anúncios de cessar-fogo no Oriente Médio [...], o que reduziu o prêmio de risco geopolítico no mercado", declarou Andy Lipow, da Lipow Oil Associates, à AFP.
Netanyahu anunciou nesta terça, pela televisão, que o gabinete de segurança havia chegado a um acordo sobre um cessar-fogo no Líbano, onde Israel combate o movimento islamista pró-Irã Hezbollah.
As tensões no Oriente Médio geraram temores de interrupção no fornecimento de petróleo iraniano. O país foi o nono maior produtor mundial em 2023, segundo a Agência de Informação de Energia dos Estados Unidos, e possui a terceira maior reserva comprovada, atrás apenas de Venezuela e Arábia Saudita.
"Os rumores de que a Opep+ [Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados] vai novamente adiar o aumento da produção ajudam a manter os preços um pouco mais baixos", afirmou John Kilduff, da Again Capital.
No início de novembro, vários membros da Opep+, incluindo Arábia Saudita e Rússia, anunciaram a extensão de seus cortes na produção de petróleo até o final de dezembro.
Os analistas esperam que a organização mantenha a produção inalterada em sua reunião no domingo.
"Sem dúvida, o mercado não precisa de volumes adicionais de petróleo da Opep no primeiro trimestre, especialmente considerando que as previsões de crescimento da demanda para 2025 foram revisadas para baixo nos últimos meses", disse Lipow.
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