Pesquisadores chineses descobriram um grande depósito de ouro de alta qualidade em Wangu, no noroeste da província de Hunan. O local pode abrigar o maior reservatório restante no planeta, sendo avaliado em mais de US$ 83 bilhões (aproximadamente R$ 483 bilhões na cotação atual).
Os especialistas do Departamento Geológico da Província de Hunan (GBHP em inglês) identificaram mais de 40 veios com 330 toneladas (300 toneladas métricas) de ouro a uma profundidade de até 2 mil metros. No entanto, modelos e aparelhos 3D estimam que podem haver 1.100 toneladas do minério a cerca de 3 mil metros abaixo do solo - a quantidade seria equivalente a oito vezes o peso da Estátua da Liberdade.
Quantidade de ouro pode ser maior
Autoridades revelaram à mídia estatal chinesa que foram encontradas 183 gramas de ouro por tonelada métrica de minério - valor relativamente alto quando comparado a outras minas. Chen Rulin, especialista em prospecção de minério do GBHP disse que “muitos dos núcleos de rocha perfurados apresentaram ouro visível”.
Perfurações em “áreas periféricas” do mesmo local também mostraram a presença do minério, indicando a existência de grandes depósitos a serem explorados no fundo.
A descoberta teve impacto no preço do ouro, que subiu para cerca de R$ 16.163,55 por onça (R$ 570.154,26 por quilograma), ficando próximo do recorde histórico alcançado no início deste ano, informou o CNN.com.
China é maior produtor de ouro
A quantidade de minério restante nas minas ao redor do mundo pode variar devido a taxas de extração, além disso a falta de transparência na divulgação de dados torna o acompanhamento do número um desafio.
Em 2022, a mina South Deep, localizada na África do Sul, possuía reservas de ouro estimadas em 1.025 toneladas (930 toneladas métricas), de acordo com a Mining Technology, sendo a maior já conhecida. No entanto, o depósito descoberto na China pode ser o maior já registrado no planeta.
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O país asiático é o maior produtor de ouro no mundo, responsável por cerca de 10% da produção global em 2023, informou a Reuters. Apesar disso, a demanda da China supera em três vezes sua produção interna, fazendo com que o país dependa de importações de Austrália e África do Sul, por exemplo.