O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta quinta-feira (28) que os mais recentes ataques da Rússia contra a Ucrânia evidenciam a "urgência" de apoiar Kiev, reforçando seu forte respaldo antes de Donald Trump assumir a presidência em janeiro.

"Esse ataque é ultrajante e serve, mais uma vez, como um forte lembrete da urgência e importância de apoiar o povo da Ucrânia em sua defesa contra a agressão russa", declarou Biden em um comunicado.

Mais cedo, nesta quinta-feira, a Rússia atacou a rede energética da Ucrânia com quase 200 mísseis e drones, deixando um milhão de pessoas sem eletricidade.

"Hoje, minha mensagem para o povo ucraniano é clara: os Estados Unidos estão ao lado de vocês", acrescentou Biden, que busca consolidar o apoio americano à Ucrânia nos últimos dias de seu mandato.

Espera-se que Trump implemente uma mudança radical na política em relação à Ucrânia, que recebeu cerca de US$ 60 bilhões (R$ 360 bilhões) de Washington para suas forças armadas desde que a Rússia lançou a invasão em larga escala, em fevereiro de 2022.

Trump prometeu um fim rápido para o conflito, mediando um acordo de cessar-fogo entre o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, e o líder russo, Vladimir Putin.

No entanto, seus críticos alertam que o republicano provavelmente usará a ajuda militar americana como ferramenta de pressão para forçar Kiev a aceitar um acordo.

Na quarta-feira, Trump nomeou como seu enviado especial para a Ucrânia o general reformado Keith Kellogg, coautor de um documento elaborado no início deste ano que recomendava a Washington usar a ajuda militar como meio de promover negociações de paz.

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