A Defesa Civil da Faixa de Gaza anunciou neste sábado (30) que três trabalhadores humanitários foram mortos em um ataque aéreo em Khan Yunis (sul), enquanto o Exército israelense alegou ter atingido "um terrorista". 

Os trabalhadores humanitários, palestinos, eram funcionários da ONG americana World Central Kitchen (WCK), informou a Defesa Civil. 

O Exército israelense confirmou em um comunicado que uma das vítimas "trabalhava para a WCK" e disse que tratava-se de um "terrorista" que havia "se infiltrado em Israel e participado do massacre de 7 de outubro [de 2023] no kibutz Nir Oz", perto da Faixa de Gaza. 

Procurada pela AFP, a organização humanitária, da qual sete funcionários foram mortos em Gaza em abril, não se pronunciou. 

De acordo com o porta-voz da Defesa Civil de Gaza, Mahmoud Bassal, houve "pelo menos cinco mártires [...], incluindo três funcionários da WCK", depois de um ataque aéreo israelense a um veículo que circulava no nordeste de Khan Yunis. 

Bassal afirmou, ainda, que os três trabalhadores humanitários "foram atingidos enquanto dirigiam um SUV pertencente à WCK em Khan Yunis, apesar do fato de que o veículo estava claramente marcado com um logotipo visível da ONG". 

O Exército israelense alegou, por sua vez, que o carro atacado era "um veículo civil sem marcações oficiais" e que seu movimento não foi coordenado como parte das operações de ajuda humanitária. 

Em 1º de abril, sete trabalhadores humanitários da organização fundada pelo famoso chef José Andrés foram mortos em uma série de três ataques israelenses contra seu comboio em Gaza.

O Exército israelense reconheceu erros em vários níveis da operação.

Em 28 de abril, a ONG anunciou a retomada de suas atividades em Gaza.

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