Os consumidores americanos gastaram um recorde de US$ 10,8 bilhões (R$ 65,4 bilhões, na cotação atual) em compras on-line na sexta-feira durante o "Black Friday", informou neste sábado (30) a empresa especializada Adobe Analytics.

Em um dia marcado pelo uso da tecnologia de inteligência artificial (IA) para encontrar as melhores ofertas, o valor das vendas superou em 10,2% o registrado no mesmo dia de 2023.

Os compradores se concentraram principalmente em brinquedos, joias, eletrodomésticos, produtos de cuidados pessoais, vestuário e eletrônicos.

"Ultrapassar os 10 bilhões de dólares é um marco importante para o comércio eletrônico no Black Friday, um dia que no passado estava mais associado às compras em lojas físicas", resumiu Vivek Pandya, analista da Adobe Digital Insights.

Neste ano, não foi a inflação que aumentou mecanicamente o valor em comparação ao ano passado, mas sim um crescimento da demanda, destacou a Adobe.

"Os preços nas lojas on-line caíram por 26 meses consecutivos" e estão 2,9% abaixo da média de um ano atrás, indicaram.

Os consumidores recorreram à IA para navegar entre as diversas ofertas. O tráfego em sites de vendas a partir desse tipo de serviço "aumentou 1.800% em relação ao Black Friday" de 2023, segundo a Adobe.

A inteligência artificial também foi usada para encontrar rapidamente itens específicos ou obter recomendações de marcas, segundo uma pesquisa da Adobe com 5 mil consumidores americanos.

O "Black Friday", realizado no dia seguinte ao feriado de Ação de Graças, marca o início da temporada de compras de fim de ano nos EUA.

Nesta segunda-feira acontece o "Cyber Monday", voltado para vendas de eletrônicos, descrito como "o maior dia de compras da temporada e do ano", com gastos recordes esperados em torno de US$ 13,2 bilhões (R$ 79,9 bilhões), o que representaria um aumento de 6,1% em relação ao ano passado.

Nos cinco dias da "Cyber Week", de quinta a segunda-feira, espera-se um total de US$ 40,6 bilhões (R$ 245,7 bilhões) em gastos, 7% a mais que no ano passado e representando 16,9% das vendas de fim de ano, estima a Adobe.

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