As eleições nos Estados Unidos, que definirão se o próximo presidente do país será o republicano Donald Trump ou a democrata Kamala Harrisacontecem nesta terça-feira (5/11). O vencedor assumirá o cargo em 20 de janeiro de 2025. Mas, ao contrário do que estamos acostumados no Brasil, o resultado pode levar mais de uma semana para ser divulgado, isso porque o processo de apuração (feita de forma manual) pode durar dias, especialmente em casos de disputas acirradas.

 

 

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Para se ter uma ideia, em 2016, Trump foi declarado eleito na manhã seguinte à eleição. No pleito seguinte, em 2020, a vitória de Joe Biden só foi divulgada mais de uma semana depois. A expectativa é que nesta eleição aconteça um cenário parecido, uma vez que Trump e Harris aparecem empatados nas pesquisas eleitorais. 


Nesses casos, é preciso esperar que todos os votos sejam contados para cravar quem foi o vencedor, já que cada voto pode definir a disputa. Além disso, a forma de votação também influencia nessa demora da contagem dos votos.



Isso porque existem duas formas de votar: os eleitores podem comparecer às urnas no dia votação (que acontece amanhã) ou votar pelo correio, com dias e semanas de antecedência. Quanto mais votos por correspondência, maior é a chance de demorar mais a apuração. Para acelerar esse processo, alguns estados mudaram sua legislação para permitir que os votos dos correios começassem a ser apurados antes do dia da eleição. 

 

 




Mais um fator para a demora é o esquema de votação indireto. Nos Estados Unidos, os cidadãos votam em delegados, que formam o Colégio Eleitoral. São esses delegados que, de fato, elegem o presidente. O número de delegados varia de acordo com a população de cada estado. Na maior parte dos territórios, “o vencedor leva tudo”. Ou seja, o candidato mais votado de um estado leva o voto de todos os delegados. As exceções são Maine e Nebraska, que dividem os delegados por distrito.



O que são os estados-pêndulo



Alguns estados já são, historicamente, eleitores dos democratas ou dos republicanos. Por isso, os candidatos estão de olho nos estados-pêndulo, que são os que variaram de preferência nas últimas eleições. Os sete estados-pêndulos (Pensilvânia, Michigan, Wisconsin, Geórgia, Carolina do Norte, Arizona e Nevada) correspondem a 93 dos 538 delegados em disputa. 


Para vencer as eleições nos Estados Unidos, é necessário obter 270 delegados.  

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