O embaixador israelense na ONU denunciou nesta segunda-feira (4) a "maldade" da Turquia, que enviou à organização uma carta assinada por cerca de cinquenta países pedindo a suspensão da venda de armas a Israel devido à guerra em Gaza.

"O que se pode esperar de um país cujas ações são impulsionadas pela maldade para criar conflitos com o apoio de países do eixo do mal?", declarou Danny Danon em um comunicado, referindo-se aos países árabes que apoiaram a iniciativa turca.

Essa carta é "mais uma prova ridícula do eixo do mal contra Israel no cenário internacional", acrescentou, criticando a ONU, "que é dirigida por alguns países sinistros e não pelos países liberais que apoiam os valores de justiça e moralidade".

"Continuaremos a lutar pelos interesses do Estado de Israel contra qualquer ataque político e militar", afirmou.

O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, anunciou no domingo que enviou uma carta à ONU solicitando o fim do envio de armas a Israel. O documento foi assinado por 52 países, incluindo Arábia Saudita, Brasil, Argélia, China, Irã e Rússia.

Na carta, à qual a AFP teve acesso, os signatários pedem "medidas imediatas e coletivas para suspender o fornecimento ou envio de armas, munições e equipamentos para Israel, a força ocupante, em todos os casos onde haja elementos razoáveis de suspeita de que possam ser utilizados nos territórios palestinos ocupados".

Embora a carta tenha sido dirigida ao secretário-geral da ONU, ao presidente da Assembleia Geral e ao Conselho de Segurança, o texto destaca especialmente "a responsabilidade" deste último.

Questionado sobre a carta, o porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que não a leu, mas enfatizou que "se a carta insta os estados-membros a fazer algo, são os estados-membros que devem agir".

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