O ministro iraniano de Ciências, Pesquisa e Tecnologias, Hosein Simaei, descreveu nesta quarta-feira (6) como "imoral" o comportamento da estudante que se despiu em público no sábado em uma universidade de Teerã.
A jovem "quebrou as regras e o seu comportamento não se baseava na sharia [lei islâmica], foi imoral e contrário aos costumes", declarou Simaei, à margem de uma reunião governamental.
A estudante não foi expulsa da universidade, acrescentou o ministro.
Um vídeo da jovem em que ela é vista com roupas íntimas em frente à Universidade Azad, em Teerã, viralizou nas redes sociais. A mídia local divulgou imagens da cena, desfocando a jovem.
"Aqueles que compartilharam estas imagens propagaram a prostituição", criticou Hosein Simaei, avaliando que este gesto não é justificado "nem a nível moral nem religioso".
"As motivações e razões para o ato desta estudante estão sendo investigadas", disse o responsável de relações públicas da Universidade Azad, Amir Mahjub, no sábado.
"A segurança da universidade interveio e entregou-a à polícia", escreveu na rede social X, bloqueada no Irã, afirmando que a estudante estava "sob forte pressão" e sofria de "problemas mentais".
A porta-voz do governo iraniano, Fatemeh Mohajerani, negou nesta quarta-feira relatos de que a estudante foi detida brutalmente.
A organização Anistia Internacional, sediada no exterior, afirma que a iraniana "tirou a roupa para protestar contra a aplicação abusiva da obrigatoriedade do uso do véu pelos agentes de segurança" na universidade.
A lei islâmica no Irã impõe um código de vestimenta rigoroso às mulheres, forçando-as a usar véus e roupas largas que escondam as suas silhuetas.
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