O desmatamento na Amazônia Legal diminuiu 30,6% entre agosto de 2023 e julho de 2024, segundo dados apresentados nesta quarta-feira (6) pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Nesse período, foram desmatados 6.288 km² de vegetação nativa na Amazônia Legal, "o menor resultado nos últimos 9 anos de monitoramento", disse em coletiva de imprensa o diretor interino do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Gilvan Oliveira.
O desmatamento também caiu no Cerrado, em 25,7%, com uma perda de vegetação equivalente a 8.174 km², segundo o Inpe.
De acordo com especialistas, a destruição na Amazônia e no Cerrado é impulsionada principalmente pela ampliação de terras para agricultura e pecuária.
Esses dois biomas também sofreram com a ocorrência de uma seca histórica que favoreceu a propagação de incêndios.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou a redução do desmatamento na Amazônia e no Cerrado como "um resultado altamente significativo", que faz parte das metas do Brasil para reduzir as emissões de carbono, poucos dias antes de participar da conferência da ONU sobre a mudança climática (COP29) em Baku, no Azerbaijão, na próxima semana.
Após assumir seu terceiro mandato em janeiro de 2023, Lula se comprometeu a zerar o desmatamento no Brasil até 2030.
Seu antecessor Jair Bolsonaro foi alvo de críticas internacionais, pois o desmatamento avançou 75% durante a sua gestão em relação à média da década anterior.
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