A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) anunciou, nesta quinta-feira (7), que se reunirá este mês para estudar o reforço da proteção aos locais de interesse cultural do Líbano, diante da intensificação dos bombardeios israelenses contra o Hezbollah.

Um comitê dessa agência da ONU se reunirá em sua sede em Paris no dia 18 de novembro. Durante a sessão, será analisada a inclusão dos bens culturais libaneses na lista de locais sob "proteção reforçada" e a concessão de mais fundos, informou a Unesco.

A agência alertou que o conflito entre o movimento libanês Hezbollah, aliado ao Irã, e Israel apresenta "graves riscos de danos irreparáveis ao patrimônio cultural e natural mundial" do país.

As primeiras análises da agência, realizadas à distância, ainda não "identificaram danos visíveis" nos locais declarados Patrimônio da Humanidade pela Unesco, como o templo romano de Baalbek, no leste, ou o porto fenício de Tiro, no sul.

"Entretanto, essas avaliações preliminares terão que ser complementadas com inspeções mais precisas no terreno quando a situação permitir", acrescentou o organismo da ONU.

A Unesco destacou que os bens inscritos na Lista Internacional de Bens Culturais sob Proteção Reforçada gozam de "imunidade de alto nível" contra ataques militares. Assim, medidas e sanções penais podem ser aplicadas caso essa proteção não seja respeitada.

Mais de 100 deputados libaneses pediram nesta quinta-feira a proteção dos locais históricos do país contra os bombardeios.

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