Israel reabrirá uma nova passagem fronteiriça para a Faixa de Gaza, conforme anunciou nesta quinta-feira (7) o Departamento de Estado dos Estados Unidos, a poucos dias de expirar um ultimato americano para aumentar a ajuda humanitária aos palestinos.

"Vimos Israel dar uma série de passos importantes nas últimas semanas [...] e eles planejam abrir um novo cruzamento adicional em Kisufim nos próximos dias", declarou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, à imprensa.

Em carta datada de 13 de outubro, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, e o de Defesa, Lloyd Austin, apresentaram uma série de exigências a Israel para que permita um aumento da ajuda humanitária, dando um prazo de 30 dias para a resposta.

Se isso não acontecer, os Estados Unidos ameaçaram suspender parte de sua ajuda militar a Israel.

O porta-voz se negou a dizer como os Estados Unidos avaliariam o cumprimento por parte de Israel das exigências americanas, ou quando se realizaria tal avaliação ao expirar o prazo em 13 de novembro.

A legislação americana exige que os receptores de ajuda militar do país não rechacem nem obstruam "arbitrariamente" a entrega de ajuda humanitária.

Contudo, o governo demissionário de Joe Biden tem muito pouca margem de manobra, dada a vitória de Donald Trump nas eleições da última terça.

O porta-voz também ressaltou que Israel havia aprovado "rotas de entrega adicionais dentro de Gaza, o que é essencial" para a distribuição de ajuda humanitária no território palestino.

A carta fazia referência, por exemplo, à necessidade de que Israel deixe entrar até 350 caminhões de ajuda humanitária por dia, abra uma quinta passagem para a Faixa de Gaza e limite as ordens de evacuação ao estritamente necessário.

Na terça-feira, 229 caminhões puderam entrar em Gaza, segundo Miller.

Amplas áreas do território palestino estão devastadas pela guerra empreendida por Israel em represália ao ataque perpetrado pelo Hamas em seu território em 7 de outubro de 2023.

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