Venezuela e Rússia assinaram, nesta quinta-feira (7), novos acordos de "inteligência" contra "espionagem" e no setor energético durante um encontro em Caracas liderado pela vice-presidente do país caribenho, Delcy Rodríguez, e um dos vice-primeiros-ministros russos, Dmitry Chernishenko.

As partes assinaram um documento para a cooperação no "uso de drones" e em "temas de inteligência e contrainteligência contra o espionagem", informou o moderador da reunião de "alto nível".

Chernishenko ressaltou a disposição de seu país em suprir "plenamente" as "necessidades das forças armadas venezuelanas" com exemplares "mais sofisticados de armamento e maquinário militar", de acordo com a tradução do canal estatal VTV.

Rodríguez, por sua vez, agradeceu o apoio do presidente russo, Vladimir Putin, para a "equipagem" das Forças Armadas venezuelanas e o intercâmbio de cooperação para o "resguardo" da "integridade territorial e garantia de nossa soberania nacional".

A relação entre Caracas e Moscou se estreitou durante o governo do falecido ex-presidente Hugo Chávez (1999-2013). Em 2004, foi estabelecida a comissão de alto nível entre os dois países e, desde então, mais de 400 acordos foram assinados.

A Rússia tem sido um importante fornecedor de equipamentos militares para a Venezuela, incluindo aeronaves Sukhoi e fuzis Kalashnikov.

As partes também assinaram acordos para "capacitação e assessoria técnica" na área energética e para a "prestação de serviços petrolíferos e tecnologia de recuperação de óleos crus extrapesados".

A Rússia tem afirmado que a Venezuela é um "parceiro confiável" na América Latina e manifestou seu total apoio ao governo do presidente Nicolás Maduro, reeleito em julho para um terceiro mandato consecutivo de seis anos, apesar das denúncias de fraude.

O governo russo também expressou sua disposição para ajudar na recuperação econômica da Venezuela e em sua indústria petrolífera, que busca se reerguer após anos de crise por problemas de corrupção e desinvestimentos. Atualmente, a Venezuela produz pouco mais de 900 mil barris por dia.

"A parte russa está disposta a fornecer acesso ao capital e às competências para o desenvolvimento dos setores-chave da economia venezuelana, em primeiro lugar, no setor de petróleo e gás, mineração e o complexo agroindustrial", apontou Chernishenko.

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