WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) - O presidente eleito Donald Trump apontou a política de imigração nas fronteiras do país como sua primeira prioridade uma vez que ele assumir o mandato, em 20 de janeiro do ano que vem. A declaração foi dada em rápida entrevista por telefone concedida à NBC News nesta quinta-feira (7).

 

Questionado sobre seu plano de deportação em massa, Trump disse, segundo o veículo, que não há alternativa a não ser levá-lo adiante. Sobre o investimento que precisará fazer para concretizar a política, o republicano respondeu que não é "uma questão de preço".

 



 

"Não temos escolha quando as pessoas têm matado e assassinado, quando senhores das drogas têm destruído o país. Eles agora vão voltar para os seus países, não vão ficar aqui. Não é algo em que você coloque um preço", afirmou.

 

 

A promessa de que fará a maior deportação em massa dos Estados Unidos foi uma das principais bandeiras de Trump ao longo da campanha, repetida exaustivamente ao longo de comícios e outros eventos.

 

"Queremos fazer a fronteira segura e poderosa novamente e, ao mesmo tempo, nós queremos que as pessoas entrem no nosso país", disse Trump nesta quinta. "Você sabe, eu não sou uma pessoa que diz 'Não, vocês não podem entrar'. Nós queremos que as pessoas entrem."

 

Trump atribuiu sua vitória parcialmente ao seu discurso ligado à imigração. De acordo com a NBC News, o republicano ainda ressaltou o conjunto de eleitores que conseguiu atrair neste pleito, o que inclui latinos, mulheres e asiáticos em número superior ao seu desempenho em 2020.

 

"Comecei a ver que um realinhamento [nos apoios] poderia acontecer porque os democratas não estão alinhados com o pensamento do país", comentou.

 

O republicano ainda disse que sua intenção é trazer "o bom senso" de volta aos EUA.

 

Trump também definiu como "bons telefonemas" as conversas que teve com o presidente Joe Biden e a vice-presidente Kamala Harris, sua adversária na eleição, após ter vencido o pleito. Segundo a NBC, o republicano comentou que Kamala pediu uma transição de governo pacífica, algo com o qual ele concordou.

 

O presidente eleito ainda afirmou ter conversado com 70 líderes mundiais, entre eles o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, e o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu.

 

Trump disse que ainda conversará com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Outra promessa da campanha do republicano é acabar com a guerra na região em "24 horas". Ele nunca detalhou, porém, como pretende fazer isso.

 

Nesta quinta, a presidente do México, Claudia Sheinbaum, afirmou que conversou sobre questões ligadas às fronteiras entre os dois países em telefonema a Trump.

 

 

A mexicana comentou também classificou a ligação como "muito cordial" e que abordou as "boas relações que teremos entre o México e os Estados Unidos".

 

Nos seus últimos comícios, Trump foi além da promessa de deportação em massa de imigrantes em situação irregular no país. O republicano ameaçou impor tarifas ao México se o país não contiver a situação da imigração.

 

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"Vou informá-la [a presidente mexicana Claudia Sheinbaum] desde o primeiro dia ou antes que se não detiverem esse ataque de criminosos e [a entrada de] drogas em nosso país, vou impor uma tarifa de 25% a tudo o que enviarem aos Estados Unidos", afirmou Trump no último dia 4, em comício na Carolina do Norte.

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