O Irã pediu neste sábado ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que "mude" a política de "pressão máxima" sobre a república islâmica que aplicou em seu primeiro mandato.

“Trump deve mostrar que não segue as políticas errôneas do passado”, disse Mohamad Javad Zarif, vice-presidente iraniano encarregado de assuntos estratégicos.

Autoridades americanas anunciaram ontem que "um agente do Irã" foi acusado de ter recebido ordens para vários planos de assassinato nos Estados Unidos, inclusive contra Trump. A chancelaria iraniana chamou a acusação de "completamente infundada”.

O ex-chanceler Zarif foi o arquiteto iraniano do acordo nuclear assinado em 2015 entre Teerã e a comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos. Três anos depois, o pacto sofreu um golpe quando o então presidente Trump retirou os Estados Unidos do acordo e impôs sanções severas, como parte de uma política de “pressão máxima” contra o Irã.

O primeiro mandato de Trump também foi marcado por sua decisão, em janeiro de 2020, de ordenar a eliminação no Iraque do general Qasem Soleimani, arquiteto da estratégia de influência regional do Irã.

A vitória de Trump chega em um momento delicado para o Irã. Tanto o grupo islamita palestino Hamas quanto o movimento xiita Hezbollah, ambos em guerra com Israel, contam com o apoio financeiro e militar iraniano.

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