A presidente da Geórgia, Salome Zourabishvili, em conflito com o governo, exigiu nesta segunda-feira (11) a convocação de novas eleições legislativas, após as de outubro, consideradas fraudulentas pela oposição.

A oposição pró-Ocidente do país do Cáucaso de quase 4 milhões de habitantes se nega a reconhecer o resultado das legislativas que deram a vitória ao partido governante, Sonho Georgiano, acusado de tendências autoritárias e de ser pró-Rússia. 

"Atualmente, enfrentamos uma crise", declarou a chefe de Estado, acrescentando que é necessário realizar "novas eleições para que a Geórgia tenha um Parlamento legítimo, um governo legítimo".

Zourabishvili, que acusa a Rússia de interferência eleitoral, informou que deputados de oito países europeus estão na Geórgia para ajudar a "buscar maneiras de sair dessa crise". 

A União Europeia, bloco ao qual a Geórgia espera aderir, expressou preocupação após as eleições do mês passado. 

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, afirmou na sexta-feira que "há sérias suspeitas de fraude, que exigem uma investigação". 

Milhares de manifestantes saíram às ruas na Geórgia para denunciar a suposta fraude. 

O partido governante afirma que a votação foi livre e justa, e que a adesão à UE continua sendo "a prioridade absoluta" do governo. 

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