O governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ainda mantém esperanças de alcançar um acordo de cessar-fogo na guerra de Gaza, mesmo após a retirada do Catar como mediador nas negociações entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas.
"Continuamos com uma série de iniciativas para garantir a libertação dos reféns. Esse trabalho ainda está em andamento. Não perdemos a esperança", afirmou nesta terça-feira (12) a jornalistas o porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel, em referência aos israelenses sequestrados pelo movimento.
Com os Estados Unidos e o Egito, o Catar havia participado por meses de esforços de mediação para pôr fim à devastadora guerra na Faixa de Gaza, que foi desencadeada em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas atacou Israel, levando a uma dura represália militar nos territórios palestinos.
"É essencial para nós que um acordo seja alcançado o mais rápido possível, especialmente para que possamos trazer os reféns de volta para casa", acrescentou.
O Catar confirmou no sábado que suspendeu sua mediação. Disse que voltaria a se comprometer "quando as partes demonstrarem vontade e seriedade", segundo o porta-voz de Assuntos Exteriores do país, Majed Al Ansari.
Hamas e Israel se acusam mutuamente de bloquear qualquer acordo de base.
A única trégua nessa guerra ocorreu no final de novembro de 2023. Durou uma semana e permitiu a libertação de um grupo de reféns em troca de prisioneiros palestinos mantidos por Israel.
Os Estados Unidos, principal aliado e apoio militar de Israel, também insistiram que "não é mais possível que todos os países do mundo mantenham relações com o Hamas como antes", de acordo com o porta-voz do Departamento de Estado.
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