O Brasil reafirmou neste sábado (16) que os países emergentes não estão dispostos a contribuir para o financiamento contra as mudanças climáticas, mas espera destravar no G20, no Rio de Janeiro, essa questão crucial para as negociações da COP29 em Baku, no Azerbaijão, informou uma fonte diplomática.

Países europeus desenvolvidos têm pressionado para que grandes nações em desenvolvimento, como Índia, Turquia e o próprio Brasil, também destinem recursos para enfrentar os problemas ambientais em países de baixa e média renda.

A resistência de Brasil e outros emergentes a essa possibilidade era um dos pontos que dificultavam neste sábado as negociações para a declaração final da cúpula do G20, que será realizada nos dias 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro.

Uma fonte diplomática brasileira ouvida pela AFP afirmou que um avanço no diálogo no G20 poderia facilitar as negociações na COP29, a conferência climática das Nações Unidas em andamento em Baku até 22 de novembro, onde o tema também está em debate.

Tem sido discutido em Baku, entre vários países ocidentais, o montante de 1,3 trilhão de dólares anuais como valor necessário para a transição climática em países de menor renda. O impasse gira em torno de quem arcará com esses custos.

O Brasil, que este ano ocupa a presidência do G20, mantém sua posição contrária à participação das nações em desenvolvimento no financiamento climático, sob o argumento de que os países desenvolvidos são historicamente os principais responsáveis pelas emissões que causaram o aquecimento global.

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