A Alemanha afirmou, nesta segunda-feira (18), que entregará 4.000 drones guiados por inteligência artificial (IA) à Ucrânia, mas recordou que não enviará mísseis de longo alcance Taurus para a ex-república soviética, invadida pela Rússia em 2022.

O chefe do governo alemão, o social-democrata Olaf Scholz, enfrenta novas pressões para entregar este armamento a Kiev, depois que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, autorizou a Ucrânia a utilizar mísseis de longo alcance de Washington para atacar alvos militares no território russo.

Kiev pediu reiteradamente à Alemanha o envio de mísseis Taurus, com um alcance de mais de 500 quilômetros, para enfrentar Moscou. Mas até o momento Berlim tem rejeitado tal solicitação.

"Expliquei muito claramente por que não acho correto fornecer mísseis de cruzeiro Taurus", disse Scholz à margem da cúpula do G20 no Rio de Janeiro. 

O chefe de governo reiterou a importância de apoiar a Ucrânia, mas enfatizou a necessidade de agir de forma "prudente". 

Os mísseis só poderiam ser usados se a "responsabilidade do alvo" fosse compartilhada, afirmou Scholz, que acredita que a entrega destes mísseis ameaçaria arrastar a Alemanha diretamente para a guerra. 

"Isso é algo pelo qual não posso me responsabilizar e não quero fazê-lo", acrescentou ele do Rio de Janeiro. 

"Está claro para nós que as armas poderosas que fornecemos até agora, a artilharia de longo alcance e os lançadores de foguetes, não podem ser usados para penetrar profundamente no interior da Rússia", declarou.

A Alemanha é o segundo maior fornecedor de ajuda militar à Ucrânia em sua luta contra a invasão russa.

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