O opositor histórico de Uganda, Kizza Besigye, está detido em uma prisão militar na capital e deve comparecer perante um tribunal militar, anunciou o seu advogado nesta quarta-feira (20), horas depois de a esposa do líder ter relatado que ele tinha sido "sequestrado". 

"As últimas informações que temos indicam que Besigye está em uma cela militar em Kampala e que o exército planeja levá-lo hoje a um tribunal militar geral", disse à AFP o seu advogado Erias Lukwago, citando fontes do exército. 

"Ainda não estabelecemos as acusações contra ele", acrescentou, lembrando que o seu cliente já compareceu inúmeras vezes perante os tribunais militares "com base em falsas acusações, mesmo depois de se aposentar do exército (onde era coronel) e agora como civil". 

Winnie Byanyima, diretora do Unaids e esposa de Besigye, exigiu nesta quarta-feira no X que o governo de Uganda "liberte imediatamente meu esposo", um opositor que já foi próximo do presidente Yoweri Museveni, que governa com mão de ferro desde 1986.

Besigye, de 68 anos, concorreu à presidência contra Museveni nas eleições de 2001, 2006, 2011 e 2016.

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