O presidente bielorrusso, Alexandr Lukashenko, perdoou 32 pessoas detidas por "extremismo", uma acusação frequentemente usada contra opositores políticos, anunciou nesta quarta-feira (20) a sua administração, na última libertação antes das eleições presidenciais de janeiro de 2025. 

Nos últimos meses, Lukashenko, no poder desde 1994, indultou em diversas ocasiões pessoas detidas por protestarem contra o governo. 

No início de novembro 31 prisioneiros foram libertados; 67 foram soltos em setembro e outros 30 em agosto. 

As identidades das 32 novas pessoas perdoadas nesta quarta-feira não foram divulgadas, mas a lista inclui oito mulheres e 24 homens, segundo a Presidência bielorrussa. Destes, 27 sofrem de doenças crônicas e nove têm mais de 50 anos, segundo a mesma fonte.

Belarus, um país com cerca de 10 milhões de habitantes, ainda tem cerca de 1.300 presos políticos, segundo a ONG de direitos humanos Viasna, que também está na mira das autoridades.

Lukashenko, que está no poder há 30 anos, governa de forma autoritária e reprimiu movimentos de protesto em diversas ocasiões. Ele pretende concorrer a um novo mandato nas eleições presidenciais de 26 de janeiro de 2025. 

Nos últimos quatro anos, milhares de pessoas foram presas. Opositores, ativistas e jornalistas foram condenados a penas longas, enquanto centenas de milhares de cidadãos bielorrussos fugiram do país, especialmente para a Polônia.

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