A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, reconheceu, nesta quarta-feira (20), Edmundo González Urrutia como presidente eleito da Venezuela, em uma declaração conjunta com seu colega argentino, Javier Milei, após uma reunião bilateral em Buenos Aires.

“Juntamente com a União Europeia, estamos trabalhando por uma transição democrática e pacífica na Venezuela, para que a preferência expressa pelo povo venezuelano pelo presidente eleito González Urrutia e suas legítimas aspirações por liberdade e democracia possam finalmente se tornar realidade”, disse Meloni.

Ela considerou as eleições venezuelanas “muito pouco transparentes” e condenou “a repressão brutal do regime” de Nicolás Maduro.

Na terça-feira, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, anunciou que os Estados Unidos reconheceram González Urrutia como presidente eleito da Venezuela.

González Urrutia reivindica a vitória na eleição presidencial de 28 de julho, na qual a autoridade eleitoral proclamou Maduro para um terceiro mandato de seis anos (2025-2031) sem mostrar os detalhes da contagem de votos.

Meloni recebeu Edmundo González duas vezes na Itália, e Milei também reconheceu sua vitória nas eleições.

Os líderes se reuniram nesta quarta-feira em Buenos Aires, após a cúpula do G20 realizada esta semana no Rio de Janeiro.

“Temos a oportunidade histórica de fortalecer ainda mais nossos laços para construir uma relação especial entre nossas nações”, enfatizou Meloni, informando que havia concordado com Milei em “elaborar conjuntamente um plano de ação Itália-Argentina 2025-2030 que identifique as principais áreas de colaboração bilateral nas quais concentrar nossos esforços e energias”.

Por sua vez, Milei novamente pediu uma “aliança de nações livres” que inclua a Itália e a Argentina. “Porque hoje o Ocidente está sob um manto de escuridão e exige que aqueles de nós que defendem a liberdade, mesmo que ainda sejamos poucos em número, lancem luz e liderem o caminho”, disse ele.

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