O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, descreveu nesta quinta-feira (21) como “lógica” a decisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) que ordenou a prisão do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, por crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

O TPI também emitiu mandados de prisão para seu ex-ministro da Defesa Yoav Gallant e para o chefe do braço armado do Hamas, Mohamed Deif.

“Essa é a coisa lógica a se fazer. Netanyahu é um genocida. O tribunal de Justiça do mundo diz isso e sua decisão deve ser obedecida”, escreveu Petro, um de seus maiores críticos, na rede X.

Os líderes israelenses e o líder do grupo islamista palestino podem ser julgados por crimes cometidos desde 8 de outubro de 2023, quando um ataque a Israel desencadeou um conflito na Faixa de Gaza.

Apesar de Israel e Colômbia terem importantes acordos comerciais e militares, Petro sempre chama Netanyahu de “genocida” e compara as operações do Exército israelense ao Holocausto perpetrado pelos nazistas.

“A Europa Ocidental deve recuperar sua independência na política internacional e agir para cumprir a ordem judicial”, acrescentou o presidente.

“Se (o presidente dos EUA, Joe) Biden ignorar essa ordem, ele estará simplesmente levando o mundo à barbárie”, disse.

Petro cortou relações diplomáticas com Israel, suspendeu as exportações de carvão para aquele país e interrompeu a compra de armas israelenses.

A Colômbia é um dos principais aliados da África do Sul em seu processo contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ) por atos de “genocídio” em Gaza.

O governo israelense considera as posições de Petro “antissemitas”.

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