A Premier League anunciou nesta sexta-feira (22) que fez mudanças em seu regulamento sobre o patrocínio de clubes, com o aval da maioria deles, em resposta à batalha judicial travada pelo Manchester City, que se opõe à regulação.

Em fevereiro, a liga inglesa endureceu as regras sobre patrocínio comercial com empresas ou entidades ligadas aos proprietários dos clubes, através da Associated Party Transactions (APT), a fim de fazer com que os acordos representem o valor justo de mercado.

No entanto, o rápido crescimento do Manchester City, comprado em 2008 por um fundo de investimento dos Emirados Árabes Unidos, tem andado de mãos dadas com o apoio maciço da Etihad Airways, companhia aérea com sede em Abu Dhabi que dá nome ao estádio do clube e tem a marca estampada no uniforme da equipe.

O atual tetracampeão inglês tentou retirar essas novas regras por considerá-las ilegais e discriminatórias, através de um processo contra a Premier League.

A decisão, publicada em outubro, deu margem a interpretações muito diferentes, com ambas as partes declarando que estavam satisfeitas.

O Manchester City interpretou que todas as regras da APT passaram a ser nulas. Pelo contrário, a Premier League considerou que foram julgadas como necessárias e legítimas, e que só algumas delas deveriam receber emenda ou serem eliminadas.

A liga inglesa organizou uma votação nesta sexta-feira para adotar essas emendas e a maioria dos clubes as aprovou, mas não o City.

"A Premier League realizou uma consulta detalhada com os clubes, apoiando-se em opiniões de especialistas independentes, para elaborar as modificações no regulamento que suprem as necessidades do sistema", escreveu a Premier em comunicado.

Em termos gerais, as regras da APT "foram introduzidas para proporcionar um mecanismo sólido para preservar a estabilidade econômica, a integridade e o equilíbrio competitivo da liga", conclui a nota.

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