Os ministros de Relações Exteriores do G7, que se reunirão na segunda e na terça-feira nos arredores de Roma, conversarão sobre as ordens de prisão emitidas pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) relativas à guerra em Gaza, anunciou a primeira-ministra italiana nesta sexta-feira (22).

"A presidência italiana do G7 tem a intenção de incluir esta questão na ordem do dia da próxima reunião ministerial, que será realizada em Fiuggi, de 25 a 26 de novembro", declarou Giorgia Meloni em um comunicado.

O TPI emitiu na quinta-feira ordens de prisão contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, seu ex-ministro de Defesa, Yoav Gallant, e o chefe do braço armado do Hamas, Mohammed Deif.

No comunicado, Meloni também se comprometeu a "investigar [...] as razões que levaram a esta decisão do Tribunal Penal Internacional", razões estas "que devem ser sempre objetivas e não de natureza política".

"Um ponto continua claro para este governo: não pode haver equivalência entre as responsabilidades do Estado de Israel e a organização terrorista Hamas", frisou.

Este esclarecimento acontece após as declarações contraditórias de seus ministros.

O ministro da Defesa, Guido Crosetto, afirmou ontem que a Itália estaria "obrigada a prender" Netanyahu e Gallant caso eles venham à Itália.

Contudo, o vice-primeiro-ministro Matteo Salvini, líder da Liga - partido soberanista anti-imigrantes e aliado do partido de Meloni - assegurou no mesmo dia que "Netanyahu seria bem-vindo se viesse à Itália".

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