Os serviços secretos ucranianos (SBU) mostraram, neste domingo (24), a um grupo de jornalistas os fragmentos de um novo míssil balístico russo, identificado na quinta-feira pelo presidente russo, Vladimir Putin, como "Oreshnik", e que, segundo ele, bombardeou uma fábrica de armamentos em Dnipro.

O Kremlin informou que o exército russo disparou este míssil hipersônico no centro-leste da Ucrânia, em "resposta" aos recentes ataques de Kiev na Rússia com mísseis americanos e britânicos.

O SBU ucraniano mostrou fragmentos metálicos, mais ou menos grandes e alinhados no chão, a um grupo reduzido de jornalistas, entre eles da AFP.

O encontro com o SBU foi realizado em um local mantido em sigilo por razões de segurança.

Os serviços secretos não confirmaram publicamente se os fragmentos pertencem ao "Oreshnik", mas asseguraram que era "a primeira vez" que as forças ucranianas viam um projétil deste tipo desde o início da invasão russa à Ucrânia, em fevereiro de 2022.

"É a primeira vez que são encontrados restos de um míssil deste tipo em território ucraniano", declarou um investigador do SBU identificado como Oleg.

"Este objeto não havia sido documentado antes pelos investigadores de segurança", acrescentou, explicando que se tratava de "um míssil balístico", que corresponde ao "Oreshnik". 

Segundo Putin, o míssil "Oreshnik", "de médio alcance", pode chegar à velocidade Mach 10, ou seja, "2,5 a 3 km por segundo" (cerca de 12.350 km/h).

O líder russo ordenou na sexta-feira iniciar a produção em série do míssil e assegurou que a Rússia tinha uma "reserva" destes mísseis, "prontos para uso".

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