Centenas de judeus ultraortodoxos homenagearam na noite desta segunda-feira (25), em Kfar Chabad, o rabino de origem moldávia Tzvi Kogan, morto dias antes, nos Emirados Árabes.

"Tzvi era inocente, e assim chegará ao paraíso", disse o pai da vítima, o também rabino Alexander Kogan, perto do caixão com o corpo do filho, trasladado dos Emirados.

"O mundo inteiro está comovido com a sua morte. Somos odiados no mundo porque somos judeus", afirmou o grande rabino sefardita de Israel, David Yossef, no funeral. O enterro deve acontecer na madrugada desta terça-feira, em Jerusalém Oriental.

Autoridades árabes encontraram ontem o corpo de Kogan, 28, que estava desaparecido havia três dias e vivia nos Emirados Árabes como representante do Chabad-Lubavich, movimento hassídico ultraortodoxo que busca fortalecer a identidade judaica e aproximar os judeus de todo o mundo da sua religião.

Autoridades árabes anunciaram hoje a prisão de três uzbeques suspeitos de terem assassinado Kogan. Os serviços de segurança do país tentam identificar o motivo do crime.

Sua morte "é um ato de ódio de terrorismo antissemita", denunciaram o gabinete de Netanyahu e o Ministério das Relações Exteriores de Israel, em comunicado conjunto. "O Estado de Israel usará todos os meios à sua disposição para garantir que a justiça seja feita e que os responsáveis pela sua morte sejam punidos", ressaltou Netanyahu.

Os Estados Unidos descreveram a morte de Kogan como "um crime horrível", e pediram que os responsáveis sejam punidos.

Os Emirados são um dos países árabes que normalizaram suas relações com Israel com os Acordos de Abraão em 2020, promovidos pelos Estados Unidos. Uma grande população de estrangeiros trabalha nesse Estado, rico em petróleo.

Não há registro exato do número total de judeus que residem nos Emirados, mas a organização World Jewish Congress estima que eles sejam entre 500 e 3.000.

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