A China alertou nesta terça-feira (26) que "ninguém vencerá uma guerra comercial", após o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar que vai impor uma tarifa adicional de 10% sobre as importações de produtos chineses.
As medidas que o líder republicano deseja implementar a partir de sua posse, em janeiro, também afetam o Canadá e o México, mas nos casos dos dois países com tarifas de 25%. Trump justifica as tarifas com as crises vinculadas aos opioides e à migração.
"A China considera que a cooperação econômica e comercial sino-americana é mutuamente benéfica", afirmou o porta-voz da embaixada chinesa nos Estados Unidos, Liu Pengyu, em um e-mail enviado à AFP.
Em uma série de mensagens em sua conta na rede Truth Social, Trump anunciou taxas adicionais contra todos os produtos dos três importantes parceiros comerciais dos Estados Unidos.
No caso da China, ele anunciou uma tarifa adicional de 10% porque, em sua opinião, o país asiático não está adotando medidas suficientes para conter o tráfico de fentanil.
Questionada nesta terça-feira se Pequim havia entrado em contato com a equipe de Trump para negociar, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, disse que o país está "aberto a manter o diálogo e a comunicação".
O governo americano acusa Pequim há vários anos de cumplicidade no tráfico de fentanil, que provoca dezenas de milhares de mortes por overdose a cada ano.
Washington alega que a maior parte do opioide sintético é fabricado por cartéis mexicanos com substâncias procedentes da China conhecidas como precursoras.
O porta-voz da embaixada chinesa em Washington negou as acusações e afirmou que Pequim está adotando medidas para frear o tráfico.
"Tudo isto prova que a ideia de que a China permite intencionalmente a entrada dos precursores do fentanil nos Estados Unidos vai contra os fatos e a realidade", disse.
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