O lutador indiano Bajrang Punia, um dos líderes dos protestos contra o presidente da federação nacional acusado de abuso sexual, foi suspenso por quatro anos por se recusar a fazer um exame antidoping, anunciou a Agência Antidoping da Índia (NADA).

Medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2021, o lutador de 30 anos foi provisoriamente suspenso em maio deste ano, depois de ter se recusado a fornecer uma amostra de urina durante uma prova recente da seleção.

Punia recorreu contra as acusações a suspensão foi inicialmente retirada, mas a NADA a confirmou em um comunicado publicado na terça-feira (26).

O lutador afirma não ter se recusado a passar pelo exame, mas que desconfiou do kit fornecido para coleta da amostra, que para ele estava vencido.

No ano passado, Punia participou de um protesto em Nova Délhi ao lado de lutadoras que acusavam de abuso sexual Brij Bhushan Singh, então presidente da federação de luta e deputado do BJP, partido nacionalista hindu no poder.

O ex-dirigente negou ter abusado e exigido favores sexuais das lutadoras. Desde então, Punia se uniu ao opositor Partido do Congresso.

Segundo a Agência Mundial Antidoping (WADA), a Índia registrou o maior número de fraudes ligadas a casos de doping em todo o mundo no ano de 2022.

A Índia é o único a ter registrado mais de 100 casos positivos, acima inclusive de países com um número de atletas muito maior, como China e Estados Unidos.

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