O tenista sérvio Novak Djokovic disse em entrevista nesta sexta-feira (29) que suas experiências comuns em anos anteriores fazem do escocês Andy Murray o "treinador perfeito" para a etapa final de sua carreira.

Djokovic anunciou na semana passada que Murray, recentemente aposentado, será seu treinador, com a missão de conquistar o 25º título de Grand Slam, algo que irá tentar já no primeiro grande torneio de 2025, o Aberto da Austrália.

Caso consiga, o sérvio irá ultrapassar a australiana Margaret Court (24 títulos) e se tornará o maior campeão entre homens e mulheres.

"Estava pensando no que precisava nesta altura da minha carreira. Parei de treinar em março com meu técnico anterior, Goran Ivanisevic, com quem tive muitas conquistas e trabalhei por muitos anos", explicou Djokovic em entrevista ao canal Sky Sports.

"Levei seis meses para pensar nisso, se precisava de treinadores e, caso sim, quem deveria ser e qual deveria ser o seu perfil", continuou.

"Pensamos em vários nomes e me dei conta de que o treinador perfeito para mim, neste momento da minha carreira, era alguém que já viveu as experiências que eu vivi, um multicampeão dos Grand Slam, um ex-número 1 do mundo. Pensei em várias pessoas e surgiu o nome de Andy Murray", disse.

Djokovic teve um ano de 2024 decepcionante, no qual a maior alegria foi a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris.

"Vou tentar ainda ser forte porque sinto meu que meu corpo está respondendo. Ainda tenho a motivação para ganhar Grand Slams, para continuar fazendo história. Esse é um dos principais motivos pelos quais pedi a Andy para trabalhar comigo, porque ainda tenho planos e projetos, afirmou.

Tanto Djokovic como Murray têm 37 anos. Ao lado de Roger Federer e Rafael Nadal, os dois formaram o mítico 'Top 4' que marcou o tênis masculino nas últimas duas décadas.

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