O Botafogo não é o favorito na final da Copa Libertadores contra o Atlético-MG, disse nesta sexta-feira (29) o técnico Artur Jorge, que considerou o jogo como "o mais importante" de sua carreira.

"Ambas as equipes mereceram estar nesta final", afirmou o treinador português em entrevista coletiva no estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, palco da final.

"O percurso que foi feito pelas duas equipes, o mérito, deixando par trás rivais com a mesma missão", acrescentou o treinador, que pode conquistar o segundo título de sua carreira, depois da Copa da Liga de Portugal, que levantou em janeiro pelo Braga.

"Pela dimensão [do torneio], eu me arrisco a dizer que esse vai ser o jogo mais importante da minha carreira", acrescentou.

À frente do Botafogo desde abril, o português considerou que a equipe "tem feito uma campanha na que merece o título no final da temporada", mas avisou que será muito difícil vencer o Atlético do técnico argentino Diego Milito, que chega para a decisão depois de uma série de dez jogos sem vencer.

"Vamos ter uma tarefa árdua para poder conseguir vencer o rival, nós iremos seguramente lutar por esse troféu até o último segundo, até a última gota de suor. Essa equipe nunca falhou, essa equipe vai lutar com toda sua força para conseguir superar esse rival e conquistar esse troféu", prometeu.

"O resultado final pode ser definido pelo detalhe", destacou o treinador.

- Dúvida na zaga -

Artur Jorge não confirmou se poderá contar com o zagueiro angolano Bastos, pilar da defesa alvinegra, que apresenta problemas físicos. Mas destacou o "nível extremamente competitivo" de qualquer um que seja seu substituto.

O português também pediu que seus jogadores "desfrutem" dos momentos que antecedem a primeira final de Libertadores da história do Botafogo.

O time carioca também é líder do Campeonato Brasileiro, a duas rodadas do fim.

"Nós temos falado muito sobre a satisfação de desfrutar desse momento, sem esquecer da responsabilidade", afirmou.

Além de ganhar o torneio de clubes mais importante da América, o campeão ficará com a última das 32 vagas do novo Mundial de Clubes da Fifa, que será disputado nos Estados Unidos em 2025.

"É um estímulo a mais para competir com a elite do futebol", lembrou o treinador.

Por sua vez, o capitão do Botafogo, o volante Marlon Freitas, disse estar vivendo um "sonho" antes do jogo decisivo na capital argentina, que recebeu numerosos torcedores de ambos os clubes.

"A responsabilidade é muito grande pelo escudo que a gente carrega, a história do clube. Mas uma responsabilidade boa, a gente agradece aos torcedores por esse sacrifico que eles fazem. A gente sempre vai lutar por eles, por nós, por nossa família", afirmou.

"São muitos anos sem ganhar um título dessa expressão, desse tamanho a gente nunca disputou. Tenho certeza de que vai dar tudo certo", concluiu.

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