O aplicativo de mensagens Telegram se comprometeu a lutar ativamente para detectar, remover e impedir a disseminação de imagens de abuso sexual infantil em uma campanha em parceria com a Internet Watch Foundation (IWF), sediada no Reino Unido, anunciou nesta quarta-feira (4).
A plataforma, que afirma ter mais de 950 milhões de usuários por mês, usará ferramentas e dados da IWF “para detectar, interromper, remover e bloquear imagens de abuso sexual infantil”, disse a instituição de caridade.
Esse acordo entre o Telegram e a IWF ocorre depois que o fundador e CEO do aplicativo, Pavel Durov, nascido na Rússia, que se naturalizou francês em 2021, foi preso em agosto em um aeroporto de Paris e posteriormente acusado de não impedir conteúdos extremistas e terroristas no aplicativo.
Os fiscais também alegaram que a plataforma não havia tomado medidas contra imagens de abuso sexual infantil. Durov, que foi liberado sob fiança de cinco milhões de euros (valor em 31,9 milhões de reais na cotação atual), anunciou posteriormente uma repressão a todo conteúdo ilegal.
O Telegram “pode ajudar a garantir que esse conteúdo não possa ser compartilhado em seu aplicativo de mensagens”, disse Derek Ray-Hill, presidente interino da IWF, em um comunicado.
A associação afirma ter sido capaz de confirmar milhares de denúncias de conteúdo pedófilo no Telegram desde 2022, que foram removidas pelo aplicativo de mensagens.
“O Telegram remove centenas de milhares de conteúdo de abuso sexual infantil todos os meses”, disse Remi Vaughn, chefe de relações com a mídia do aplicativo, no comunicado.
O acordo com a IWF “consolidará os mecanismos que o Telegram já colocou em prática”, acrescentou.
Fundado em 2013, o aplicativo de mensagens, que sempre afirmou respeitar as leis europeias, comprometeu-se desde o início a nunca divulgar informações sobre seus usuários.
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