O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta quarta-feira (4), decretos para a legalização de três novas reservas indígenas, elevando para 13 o número de territórios de povos nativos reconhecidos pelo governo desde o início de seu mandato em 2023.

"Temos mais dois anos de governo e vamos continuar trabalhando para que a gente possa legalizar e entregar todas as terras que estiverem sob a nossa possibilidade", declarou Lula durante um ato oficial em Brasília.

"Se um dia perguntarem para mim qual é o meu legado na presidência, eu vou dizer: o cara que mais autorizou terras indígenas nesse país", acrescentou.

Diversos especialistas consideram que esses territórios desempenham um papel essencial na luta contra o aquecimento global, funcionando como um escudo contra a destruição da floresta e os incêndios que devastam a Amazônia e outras regiões do Brasil.

Nenhuma das reservas homologadas nesta quarta-feira está localizada na região amazônica. Duas delas estão em Santa Catarina e uma na Paraíba.

A maior das três, a terra indígena Potiguara de Monte-Mor, localizada nos municípios paraibanos de Rio Tinto e Marcação, tem uma extensão de 7.530 hectares, com uma população de 5.799 do grupo indígena potiguara.

Em Santa Catarina, a reserva Morro dos Cavalos, na cidade de Palhoça, tem área de 1.983 hectares e abriga 200 indígenas guarani mbya e nhandeva.

Também nesse mesmo estado, encontra-se a terra indígena de Toldo Imbu, em Abelardo Luz, com 731 pessoas da etnia kaingang em uma área de 1.960 hectares.

Em abril de 2023, Lula já havia legalizado por decreto as seis primeiras reservas de seu mandato, pondo fim a cinco anos de espera para os povos indígenas.

Sob a presidência de seu antecessor, Jair Bolsonaro (2019-2022), não foram demarcados novos territórios, já que ele cumpriu a promessa de "não ceder nem um centímetro mais" aos povos originários.

Aliado do poderoso setor do agronegócio, Bolsonaro apoiou a expansão da atividade agropecuária em todo o território brasileiro, incluindo a Amazônia.

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