Uma operação coordenada pela Interpol com forças de segurança de nove países sul-americanos resultou na apreensão de 28 toneladas de materiais explosivos, 3.400 dispositivos explosivos improvisados e em 45 prisões, informou a agência policial em um comunicado nesta quinta-feira (5).
“A Operação Claymore (11 de agosto a 11 de outubro de 2024) reuniu agentes da lei de nove países para combater o roubo, o contrabando e o tráfico de explosivos e materiais relacionados”, disse a organização internacional de cooperação policial.
Durante a operação, também foram apreendidos 93.000 metros de cordão detonante e fusível de segurança, 205 granadas, 73.000 detonadores e milhares de quilos de precursores químicos.
De acordo com a Interpol, “o comércio desses materiais está intimamente ligado ao crime organizado e aos grupos armados, pois os dispositivos explosivos improvisados são usados em uma variedade de atividades criminosas, desde ataques terroristas e violência territorial até roubos e ataques às forças de segurança”.
A operação envolveu forças de segurança da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai.
No Brasil, as autoridades encontraram 900 kg de emulsão explosiva e 240 detonadores em um caminhão, e na Argentina foi preso um suposto fabricante de um dispositivo explosivo que detonou em uma residência nos Estados Unidos, ferindo duas pessoas.
No Equador, que está enfrentando um aumento da violência por parte de grupos armados, a polícia confiscou oito blocos de explosivos C4 para demolição, 30.000 cartuchos de munição de diferentes calibres, 620 carregadores, 15 granadas de mão e 750 cilindros de heroína.
A polícia colombiana invadiu uma fábrica de explosivos improvisados, onde apreendeu 3.000 dispositivos explosivos feitos de cantis de metal e 800 dispositivos improvisados do tipo granada, entre outros, enquanto no Peru foram apreendidas 16 toneladas de material explosivo e 22 pessoas foram presas.
O secretário-geral da Interpol, Valdecy Urquiza, disse no comunicado: “Estamos observando um aumento preocupante de grupos terroristas, crime organizado e gangues que usam explosivos, desde ataques violentos até operações ilegais de mineração.
“Essa operação bem-sucedida na América do Sul mostra que estamos progredindo, mas a ameaça é real e global”, disse Urquiza.
tev/lm/nn/dd