Durante o que deve ser o ano mais quente já registrado, as catástrofes naturais causaram perdas econômicas de 310 bilhões de dólares (1,8 trilhão de reais) em todo o mundo, sob a crescente influência da mudança climática, calcula a resseguradora Swiss Re nesta quinta-feira (5).
Esse número representa um aumento de 6% em relação ao ano passado, informou o grupo suíço, que atua como uma seguradora para as seguradoras.
Espera-se que os danos cobertos pelas seguradoras cheguem a 135 bilhões de dólares (817 bilhões de reais), um aumento de 17% em relação ao ano anterior. Os furacões Helene e Milton aumentaram a conta, disse a resseguradora suíça em um comunicado.
Os custos das catástrofes naturais para as seguradoras ultrapassaram, portanto, a marca de 100 bilhões de dólares (605 bilhões de reais) “pelo quinto ano consecutivo”, disse Balz Grollimund, chefe de cobertura de catástrofes da Swiss Re, no comunicado.
O aumento nos custos se deve, em parte, à concentração de ativos a serem segurados em áreas urbanas e ao aumento dos custos de reconstrução, mas “a mudança climática também está desempenhando um papel cada vez mais importante”, observa ele.
Na declaração, a Swiss Re aponta que, com a temperatura média global excedendo “os níveis pré-industriais em 1,54°C, 2024 está a caminho de se tornar o ano mais quente já registrado”.
“Um aumento na temperatura favorece a ocorrência de muitas das catástrofes naturais observadas em 2024”, afirma o grupo de resseguros, que citou especialmente as enchentes.
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