Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, países fundadores do Mercosul, apoiam o texto para um tratado de livre comércio com a União Europeia (UE), que ambos os blocos negociam há 25 anos, afirmou o chanceler uruguaio, Omar Paganini, nesta quinta-feira (5).
"Todos os países se pronunciaram a favor [...] do texto para o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a UE, que amanhã [sexta-feira] será confirmado com a presença dos líderes", declarou.
Em 2019, a UE e o Mercosul já haviam anunciado a conclusão de um pacto, mas o processo ficou estagnado sem ser ratificado, e as negociações foram retomadas em meio a tensões sobre questões sensíveis, como a proteção ambiental e as compras governamentais.
O Uruguai, que neste semestre ocupa a presidência rotativa do Mercosul, acolhe nesta quinta e sexta-feira a 65ª cúpula do bloco sul-americano, que contará com a presença da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Paganini falou com jornalistas após a reunião de chanceleres do Mercado Comum do Sul, que ocorreu no Edifício Mercosul, em Montevidéu.
Ele também teve um encontro mais cedo com o comissário europeu de Comércio, Maros Sefcovic.
"Com o comissário Sefcovic, fizemos uma revisão da situação da negociação na União Europeia, e chegou-se a um texto de comum acordo", enfatizou.
Paganini destacou a chegada de Von der Leyen ao Uruguai nesta quinta-feira como um sinal positivo para a futura aprovação de um Tratado de Livre Comércio (TLC).
"Justamente, [a presença de Von der Leyen] mostra o sucesso de um processo de negociação e o apoio à etapa final de encerramento, que seria concluída amanhã [quinta-feira] com os líderes", disse.
"Esperamos poder dar os passos que faltam, que são muito poucos, porque o texto já existe", acrescentou Paganini.
Segundo o chanceler, "os temas que ficaram pendentes em 2019 são os que agora estão no texto e estão fechados".
Caso a etapa de negociação seja concluída, o texto base para um acordo deverá passar por etapas posteriores antes de se concretizar um TLC, incluindo "traduções" e "aprovação parlamentar", lembrou o ministro uruguaio.
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