Os preços do petróleo caíram levemente nesta quinta-feira (5), apesar da decisão da aliança Opep+ de adiar por mais um trimestre o aumento em sua produção.
O Brent do Mar do Norte para entrega em fevereiro recuou 0,30%, fechando em 72,09 dólares por barril. Já o West Texas Intermediate (WTI) para janeiro caiu 0,35% a 68,30 dólares por barril.
Após a reunião desta quinta-feira, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados na Opep+ decidiram adiar até abril o aumento das cotas de produção, na terceira postergação desde outubro.
O plano inicial previa um retorno gradual, ao longo de 12 meses, aos volumes acordados unilateralmente (2,2 milhões de barris diários) em novembro de 2023 por oito de seus membros.
Segundo o cronograma, o plano é adicionar 120 mil barris por mês durante um ano e meio, até setembro de 2026. "Esse aumento mensal poderá ser suspenso ou revertido, dependendo das condições do mercado", indicou a aliança.
Com isso, a Opep+ foi além de um simples adiamento de três meses, já antecipado pelo mercado.
De acordo com Mukesh Sahdev, da Rystad Energy, esse anúncio "garante um ambiente de preços estáveis a curto prazo".
No entanto, Robert Yawger, da Mizuho, afirmou que "a situação não é boa". Ele citou o mais recente relatório da Agência Internacional de Energia, que aponta que, "mesmo com os cortes de produção da Opep+, a oferta mundial superará a demanda no próximo ano em mais de um milhão de barris diários".
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