O presidente de Taiwan, Lai Ching-te, disse nesta sexta-feira (6) que espera aprofundar o relacionamento com os Estados Unidos durante o governo de Donald Trump, após uma conversa telefônica na quinta-feira com o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Mike Johnson.

Embora, como a maioria dos países do mundo, não tenha relações diplomáticas oficiais com Taiwan, os Estados Unidos são o principal apoiador e fornecedor de armas da ilha reivindicada por Pequim.

Contudo, durante a campanha, o presidente eleito deu a entender que Taiwan deveria pagar aos Estados Unidos para defendê-la e acusou a ilha de roubar seu setor de semicondutores.

"Taiwan está confiante de que continuará a aprofundar a cooperação com o novo governo para resistir à expansão autoritária e criar prosperidade e desenvolvimento para os dois países", disse Lai em Palau, uma pequena nação insular do Pacífico.

O líder taiwanês está encerrando sua primeira viagem internacional desde sua posse em maio, na qual visitou os últimos três países da região que reconheceram Taipei.

Ele também fez escalas nos territórios americanos do Havaí e da ilha de Guam, que foram recebidas com desconforto por Pequim, que se opõe a qualquer contato internacional das autoridades de Taipé.

Após a ligação entre Lai e Johnson durante sua visita a Guam, a China pediu aos EUA que "parem de enviar sinais errados" e alertou sobre os graves danos que os atos separatistas de independência de Taiwan representam para a paz e a segurança" na região.

Embora a China e Taiwan sejam governados separadamente desde 1949, Pequim reivindica a ilha como parte de seu território e aumentou a pressão militar, diplomática e econômica sobre ela nos últimos anos.

Questionado sobre as observações de Lai, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, pediu a Washington que "pare de se intrometer nos assuntos relacionados a Taiwan".

"Os Estados Unidos devem respeitar o princípio de uma só China e parar de apoiar ou tolerar as forças pró-independência de Taiwan", acrescentou durante uma coletiva de imprensa.

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