Quatro membros do Clã do Golfo foram mortos na semana passada no primeiro ataque aéreo ordenado pelo presidente colombiano, Gustavo Petro, contra o principal cartel de drogas do país, disse ele nesta segunda-feira (9).

“A operação do Exército nacional no vilarejo de Bejuquillo, Cáceres, [departamento de] Antioquia deixou quatro membros do clã mortos e oito fuzis apreendidos”, escreveu Petro no X.

Esse é o primeiro bombardeio das forças de segurança contra essa poderosa organização de tráfico de cocaína durante seu governo.

Ataques aéreos militares têm sido usados em mais de meio século de conflito contra guerrilhas como as extintas Farc, que se desmobilizaram após um acordo de paz em 2016.

O departamento de Antioquia é um dos maiores redutos do Clã do Golfo. Lá eles têm corredores de tráfico de drogas, controlam várias minas de ouro ilegais e ganham dinheiro com a migração irregular.

Durante essa operação, quatro soldados foram mortos na quinta-feira depois de pularem em um abismo enquanto desciam de um helicóptero em uma corda, de acordo com Petro.

O clã paramilitar ficou sem seu principal líder, conhecido como Otoniel, que foi capturado em outubro de 2022 e posteriormente extraditado para os Estados Unidos.

Petro demonstrou interesse em negociar o desarmamento dessa organização, mas as abordagens aos seus novos líderes fracassaram.

No ano novo de 2023, o líder esquerdista decretou um cessar-fogo unilateral com essa estrutura, que foi quebrado três meses depois, quando o Clã do Golfo disparou contra soldados e civis no norte do país.

Em 2023, a produção de cocaína na Colômbia aumentou 53%, chegando a 2.600 toneladas por ano, de acordo com a ONU.

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