As exportações chinesas cresceram a um ritmo mais lento que o esperado em novembro e as importações registraram queda ainda mais expressiva que no mês anterior, segundo os dados oficiais divulgados nesta terça-feira.

Os indicadores foram divulgados um dia após o governo assumir o compromisso de adotar mais medidas para estimular o crescimento da segunda maior economia do mundo.

As exportações aumentaram 6,7% em ritmo anual, a 312,3 bilhões de dólares em novembro, informou a Administração Geral das Alfândegas da China.

O resultado é inferior ao crescimento de 8,7% previsto pelos economistas em uma pesquisa da agência financeira Bloomberg, e muito menor que o avanço de 12,7% de outubro, o mês como resultado mais forte em dois anos.

As vendas ao exterior representaram o único ponto positivo em 2024 da economia chinesa, afetada por uma queda no consumo interno e uma crise persistente no setor imobiliário.

Contudo, analistas destacam que o recente avanço nas exportações pode ter acontecido devido ao fato de as empresas estarem aumentando suas compras por medo de uma nova guerra comercial com os Estados Unidos, após o retorno de Donald Trump ao poder em janeiro.

As importações caíram 3,9% em novembro, prosseguindo com uma tendência negativa de redução de 2,3% em outubro, devido à fragilidade da demanda.

As principais autoridades chinesas, reunidas na segunda-feira no Politburo, pediram apoio "vigoroso" ao consumo doméstico e uma flexibilização da política monetária em 2025, de acordo com a imprensa estatal.

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