Documentos judiciais relacionados aos Beatles, encontrados em um armário onde estavam guardados desde a década de 1970, foram vendidos em Londres por mais de US$ 11 mil (R$ 60 mil na cotação atual), anunciou a casa de leilões britânica Dawsons, nesta quinta-feira (12).
Um comprador anônimo pagou US$ 9.000 libras (US$ 11.478 ou R$ 64.497) por mais de 300 folhas, segundo a Dawsons.
Os documentos incluem cópias das atas das reuniões com o assessor do grupo, textos legais e uma cópia da escritura de 1967 com os termos e condições de um acordo entre os membros.
Embora a ruptura do grupo tenha sido atribuída a diferenças criativas, tensões por ciúmes ou à namorada de John Lennon, a japonesa Yoko Ono, os documentos revelam as muitas e complicadas batalhas legais que a banda também enfrentou.
Os textos mostram que depois da morte do empresário Brian Epstein, em 1967, a banda se deu conta de que não havia sido contabilizado o dinheiro gerado pelo quarteto e de que era alvo de uma investigação das autoridades fiscais.
Outra batalha legal ocorreu quando Paul McCartney se opôs à decisão de outros membros da banda de contratar Allen Klein como seu novo empresário.
Os arquivos descobertos documentam a posterior batalha judicial iniciada por McCartney contra a banda em Londres, em 1970, a qual expôs a má gestão de Klein.
Outros textos são centrados na saída de Pete Best, baterista do grupo entre 1960 e 1962, e a chegada de Ringo Starr em seu lugar, os direitos cinematográficos e musicais e a incapacidade de Klein de prestar contas às autoridades fiscais.
McCartney disse em 1970 que já não trabalhava com o grupo, mas o processo legal para dissolver a banda não foi finalizado até 1974.
psr/mb/yr/mvv