Militantes e organizações de direitos humanos instaram, nesta quinta-feira (12), as autoridades iraquianas que cessem em caráter imediato "as execuções secretas" e a "tortura" de presos condenados à morte no país.
Nos últimos anos, os tribunais iraquianos ordenaram centenas de execuções por "terrorismo", em instâncias que, segundo grupos de defesa dos direitos humanos, carecem de um procedimento oficial ou nas quais são aceitas confissões que suspeita-se terem sido obtidas através de sessões de tortura.
Em uma declaração conjunta na quinta-feira, cinco organizações de direitos humanos e dois ativistas pediram ao governo iraquiano o "cessar imediato das execuções secretas e da tortura" de prisioneiros.
Reforçaram, ainda, o pedido de "investigações sobre execuções ilegais (...) e mortes suspeitas na prisão" e de que os detentos da prisão de Nassiriyah (sul do país) fossem tratados "com respeito e dignidade".
Em novembro, a Human Rights Watch acusou as autoridades iraquianas de terem aumentado "o número e o ritmo das execuções ilegais em 2024" e instou que "suspendessem com urgência todas as execuções programadas e declarassem uma moratória".
Na época, a HRW afirmou que cerca de 8.000 pessoas estão no corredor da morte no Iraque.
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