O governo da Venezuela anunciou, nesta quinta-feira (12), a libertação de 103 pessoas detidas durante as manifestações contra a contestada reeleição do presidente Nicolás Maduro, elevando o número oficial de pessoas soltas para 328 desde o final de novembro.

Mais de 2.400 pessoas foram presas nas horas seguintes à proclamação de Maduro para um terceiro mandato de seis anos, o que desencadeou protestos que resultaram em 28 mortes e quase 200 feridos.

"Nas últimas 72 horas (10, 11 e 12 de dezembro), ocorreram 103 liberações, que se somam às 225 medidas cautelares concedidas em 26 de novembro", informou um comunicado da vice-presidência de Segurança, chefiada pelo ministro do Interior, Diosdado Cabello.

"Tais medidas são realizadas em atenção ao pedido feito pelo presidente Nicolás Maduro [...] para revisar todos os casos relacionados a atos de violência e crimes cometidos no contexto da eleição de 28 de julho", acrescentou.

Os detidos, incluindo mais de uma centena de adolescentes, foram acusados de "terrorismo" e levados para prisões de segurança máxima.

Na quarta-feira, a ONG especializada Foro Penal informou sobre a libertação de 18 pessoas, incluindo 12 adolescentes.

A mesma organização confirmou a libertação de 169 do primeiro grupo de 225 detentos anunciados pelas autoridades.

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