O ex-treinador da seleção de futebol da China Li Tie foi condenado a 20 anos de prisão por corrupção, informou nesta sexta-feira (13, data local) a imprensa estatal.
Li "foi condenado a uma pena fixa de 20 anos de prisão em um julgamento inicial", relatou a agência estatal de notícias Xinhua, sem fornecer mais detalhes.
Treinador da seleção nacional entre janeiro de 2020 e dezembro de 2021, Li declarou-se culpado de ter recebido cerca de US$ 10 milhões (R$ 60 milhões) em subornos e admitiu ter pago US$ 421 mil (R$ 2,5 milhões) para garantir o cargo.
O presidente chinês, Xi Jinping, tem conduzido uma ampla campanha anticorrupção desde que assumiu o poder há mais de uma década.
Desde o final de 2022, as autoridades têm concentrado esforços no setor esportivo, e nesta mesma semana foram anunciadas várias condenações a ex-dirigentes da federação de futebol.
O ex-treinador, de 47 anos, é um dos jogadores de futebol mais célebres da China, tendo atuado como meio-campista no Everton, da Premier League inglesa.
Em um documentário transmitido em janeiro pela emissora estatal CCTV, Li admitiu ter pago subornos no valor de US$ 421 mil para assumir o cargo de treinador da seleção e confessou ter colaborado em manipulações de resultados na liga local quando era técnico de clube.
"Sinto muito. Deveria ter mantido os pés no chão e seguido o caminho correto", declarou o treinador.
Mas "havia certas coisas na época que eram práticas comuns no futebol", acrescentou.
mjw/je/pdw/dbh/cl/am